De acordo com uma pesquisa da Isma-BR (International Stress Management Association), que atua na prevenção do estresse no mundo, 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho já sofreram alguma sequela decorrente do estresse. Desse total, 32% das pessoas desenvolveram síndrome de burnout, um distúrbio psíquico provocado pela exaustão extrema no trabalho.
O estresse é definido como uma resposta física do organismo humano a determinado estímulo. Ao ficar estressado, o nosso corpo pensa que está sofrendo um ataque, o que o faz entrar no modo ‘’lutar ou fugir’.
Essa condição contribui para a liberação de hormônios e substâncias químicas, como cortisol, adrenalina, noradrenalina e norepinefrina, que preparam o indivíduo para uma ação física — processo que causa problemas físicos e psicológicos. Saiba quais são:
A ansiedade deixa o organismo em estado de alerta diante de situações que causam ameaça ou desafios. Com o estresse, ela é intensificada, podendo acarretar tremores, cansaço excessivo, sensação de falta de ar e asfixia, mãos frias e suadas, náuseas, boca seca, tontura, coração acelerado, dor no peito e suor excessivo.
Como foi dito, o estresse libera hormônios, como a adrenalina e noradrenalina, que diminuem o calibre dos vasos sanguíneos e causam espasmos das artérias coronárias, de modo que a pressão arterial e a frequência cardíaca se elevam. Aqueles que já sofrem de hipertensão, em picos recorrentes de estafa, estão sujeitos a infartar.
Sob o efeito do estresse, o cérebro identifica um evento adverso, o que resulta na queda da captação de triptofano — que dá origem à serotonina. A falta desse hormônio também provoca a desregulação da melatonina — hormônio do sono —, resultando na insônia.
Manter uma alimentação equilibrada é essencial em diversos aspectos da saúde, bem como contribui para aliviar o estresse. Sendo assim, busque ter uma dieta equilibrada e diversificada, priorizando alimentos naturais, frutas e verduras, e uma boa hidratação para contribuir na prevenção de doenças.
Alguns alimentos que oferecem nutrientes úteis ao sistema nervoso são:
Outra atitude importante para aliviar o estresse e garantir benefícios para toda a saúde é a prática regular dos exercícios físicos. Portanto, procure modalidades que sejam do seu interesse e conte com apoio médico e profissional para ter orientações precisas para uma prática segura e proveitosa.
As sessões de meditação contribuem para promover o relaxamento e manter o equilíbrio emocional, fatores que favorecem o alívio do estresse. Por isso, estude essa técnica e pratique diariamente, e se preciso, conte com aplicativos e apoio para se concentrar e alcançar bons resultados.
Os momentos de descontração e lazer são indispensáveis para qualquer pessoa e contribuem para fortalecer a saúde mental. Dessa forma, reserve um tempo para se divertir com amigos, viajar, ler um livro, assistir a filmes e se desligar dos compromissos para fazer o que gosta ou, até mesmo, para investir em um novo hobby que traga satisfação pessoal.
Um dos efeitos do estresse no organismo é a insônia e a dificuldade para relaxar, por isso, dormir bem é primordial. Sendo assim, crie um ambiente confortável, procure dormir mais cedo e no tempo adequado, evitando o uso de smartphones no período imediatamente antes de ir para a cama.
De acordo com pesquisas, 79% dos trabalhadores passam por situações de estresse durante a rotina de trabalho. Nesse contexto, é importante ter atenção e definir uma rotina de trabalho com pausas, além de estabelecer relacionamentos profissionais pautados na ética e no respeito.
A prevenção é essencial para cuidar da saúde, seja em relação aos problemas físicos ou mentais. Desse modo, é muito importante manter consultas médicas regulares e fazer exames de rotina, que são imprescindíveis para entender o quadro de saúde.
Nesse sentido, ao realizar os exames de check-up periodicamente, os médicos terão dados importantes sobre a sua condição de saúde — fator essencial para identificar possíveis alterações de forma precoce, e, assim, indicar tratamentos antes que causem danos maiores.
Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores de uma Universidade da Romênia constatou que o bem-estar e a produtividade no trabalho dependem da adoção de algumas práticas. Um dos exemplos é justamente fazer pequenas pausas no decorrer do expediente.
De acordo com a pesquisa, dez minutos de folga são capazes de diminuir a fadiga e aumentar a energia. Esse intervalo de tempo é suficiente, por exemplo, para trocar uma ideia com um colega, mandar uma mensagem para alguém importante ou até fazer um lanche rápido.
O fato é que a constatação foi na contramão do argumento de que é preciso estar sempre “ligado”, destacando que essa pressão torna os profissionais mais suscetíveis a errar e ter o seu foco comprometido. Por fim, o estudo não especificou quantos intervalos podem ser feitos durante o dia. Então, para isso, é importante haver bom senso e alinhamento junto à gestão.
Inclusive, na ciência, não existe um consenso sobre o tempo em que o cérebro consegue se manter concentrado em uma atividade. Mas é interessante que, apesar disso, os profissionais analisem a própria rotina e identifiquem horários em que costumam ser mais produtivos, levando em conta a importância da pausa no trabalho e como incluí-la.
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